Justiça sul-africana suspeita que Chang quer fugir para Moçambique


A defesa do ex-ministro das Finanças, Manuel Chang, justifica que o facto do endereço proposto para Manuel Chang permanecer em liberdade condicional (Malelane) estar a menos de 50 quilómetros de Moçambique é para facilitar que familiares o venham visitar.
Entretanto, o Ministério Público sul-africano Suspeita Que a proximidade com a Fronteira entre os dois países pode ser para facilitar a sua fuga de volta a Moçambique.
Nesta segunda parte da audição, a Procurada Elivera Dreyer está praticamente a “desconstruir” os argumentos da defesa para o pedido de extradição.
Sobre a carta de pedido de transferência enviado por Moçambique, o MP questiona por exemplo, que se a PGR não encontrou nenhum facto para instaurar processo crime contra Manuel Chang até agora, porque razão enviou uma carta a pedir a sua transferência.

Crítica ainda o facto de nenhum mandado de captura de Manuel Chang existir em Moçambique e muito menos ter sido recebido pela justiça sul-africana, o que significa que Chang vai estar em liberdade no país.
“O pedido não diz que depois de ser interrogado Manuel Chang seria de novo transferido para a África do Sul”, disse a procuradora, acrescentando que teme que Chang não volte para África do Sul, uma vez que a Constituição moçambicana refere que nenhum moçambicano pode ser extraditado para o estrangeiro.
O Ministério Público conclui que se Manuel Chang regressar a Moçambique, a justiça sul-africana nunca mais o terá.
Opais

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